quinta-feira, 10 de julho de 2008

Pedir esmolas em crise?!


Antes que me exterminem o blog , que ainda coitado, é um recém-nascido abandonado, ou me apedrejem na rua, gostaria de dizer que não sou xenófoba!


Pelo contrário, sou a favor de todas as pessoas que vêm para cá trabalhar ou estudar e levam uma vida digna, no entanto, sou absolutamente contra aqueles que vêm “mamar” subsídios, porque para nos chupar já existem muitos nativos!


Agora se há coisa que me deixa com o estômago embrulhado e olhar fulminante é estar no restaurante e chegarem romenas em grupo, clones uma das outras a curvarem-se tanto por cima das mesas, enquanto pedem esmola, não, desculpem, expressei-me mal, a exigirem esmola, com aqueles lenços e aqueles penduricalhos a milímetros da comida; Olhamos para elas e elas não falam, apontam para o retrato de família pendurado ao peito, se alguém diz que não, não se movem, fitam-nos expectantes, eu que sou uma Amélia dei dinheiro, sinto-me constrangida ao estar a comer e a olharem para mim daquela forma, mas passei-me quando de seguida me pediram comida e se não fosse o empregado de mesa a dizer-lhes para saírem, estava a ver que me pediam um rim.


Foda-se.


É preciso coragem. Mudarem de país para pedirem esmola???
Uma ocasião vi uma reportagem, já nem me lembro em que canal, que corre o rumor na Roménia que os Portugueses são muito generosos nas esmolas…e que facilmente podiam juntar o dinheiro angariado e voltar para comprar uma casa!


Hoje devem ter vindo de autocarro, só pode, porque fui abordada no restaurante, no emprego dei com duas a fazerem a higiene pessoal no reflexo das portas da entrada, ora penteavam o cabelo, não, não, isso é muito soft, era tipo golpes de Karaté, uma das raparigas espancava, literalmente, o cabelo, sacudiam a roupa, voltavam a pôr a foto de família ao peito e lá seguiam a comentar o montante que lhes davam.


Incendiária que sou, ao comentar o sucedido com o proprietário da pastelaria onde vou tomar café, este contou-me que também tinham ido lá pedir esmola e que, como ele ofereceu pão em vez de dinheiro, uma delas quase enfiou a mão dentro da máquina registadora, passado como ele é, ao ver a cena, mandou-as logo embora, mas elas não saíram e continuaram a insistir. Só quando ele deu uma pancada, tão forte, na vitrina do pão, a ponto de a partir, é que elas saíram, mas a rirem-se. Quer dizer, o homem deu o pão, que é o negócio dele, e lamento dizer mas não tem qualquer obrigação e ainda ficou com o prejuízo do vidro partido e mão cortada por causa da teimosia delas!


Sinceramente, todos podemos ter uma infelicidade na vida e vermo-nos numa situação tão delicada que podemos ser forçados a pedir, sei lá, mas pedir não é obrigar, não é exigir, e não é por se estar nessa situação que tem de se ser mal-educado.


Terei uma cabra dentro de mim? Se calhar tenho.


Mas, foda-se, eu tenho de trabalhar todos os dias para pagar as minhas coisas, se eu tivesse de pedir um subsídio aposto que me era negado e anda essa gente de costas esticadas a pedir sem nunca procurar alternativas?


Por isso, ainda prefiro os “moedinhas”, esses pelos menos, depois da moeda dada despedem-se com um: "Obrigadinho pá, que Deus te ajude!"


(Ok, e não me venham com merdas, de que é para a droga, que eu não sei onde é que os outros vão enfiar o dinheiro!)

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